domingo, 20 de setembro de 2009

Baixo Império de 235 a 476 d.C.

Fonte: Material didático do Professor André Ribeiro Vieira e do Cursinho popular dos estudantes da USP, da ACEPUSP 2007




Antecedentes

O Alto Império romano foi caracterizado pelo Principado iniciado quando Augusto recebeu do Senado o título de Princeps, que quer dizer O Primeiro Cidadão (civil) de Roma (e do Senado). A estrutura política romana de então se apresentava como uma monarquia mitigada, pois o poder do príncipe, em Roma, era limitado, devendo, este, respeitar as instituições como nos tempos da República; por outro lado, nas províncias, a monarquia era absoluta, lá o príncipe tinha totais poderes.

Embora os Princeps já apresentassem tendências absolutistas, considera-se que, no império de Diocleciano (284-304), em 285, após a anarquia militar, o imperador deixou de ser Princeps e passou a ser reconhecido como Dominus (Senhor), caracterizando um governante absoluto. Inicia-se, então, o período do Dominato (Domínio).

Os déspotas do Dominato romano impunham sua condição de dominus superior, ostentando coroas de louros e outros adornos, obrigavam os súditos a ajoelharem-se e beijar a ponta de seus mantos reais.

Outra forte característica do Alto Império romano é o fim da expansão territorial. Roma havia alcançado sua maior extensão, e as guerras praticamente findaram. As últimas conquistas foram a Arábia, a Armênia e a Mesopotâmia, que ocorreram no império de Trajano, entre 101 e 110 d.C. O Baixo Império, então, representa a decadência resultante de políticas imperialistas que alcançaram o domínio de toda a região, sobrepondo-se a todas as outras sociedades.

O Baixo Império se inicia com as invasões bárbaras.

Sociedade

O final da expansão territorial também marcou a redução do número de escravos, gerando crise no sistema de produção e aumento das despesas, que, por sua vez, resultou déficit orçamentário, levando o governo a intervir na economia por meio de aumento dos impostos.

A população do campo começou a trabalhar para os colonos em troca de proteção, criando o sistema conhecido como Colonato.

O colono era o Senhor, o proprietário da terra. As terras de um colono eram a Villa. Com o tempo os escravos dos Senhores iam sendo libertados e, aos poucos, tornavam-se, também, colonos.

Os colonos eram:

* os bárbaros que penetravam nas fronteiras com o consentimento do governo;
* os cidadãos que deixavam as cidades;
* escravos que trocavam a escravidão pela servidão; e eram também
* os pequenos proprietários.

Os colonos também eram cidadãos de clientes que, por sua vez, eram os senhores das vilas, em uma conotação bastante diferente dos colonos nos períodos monárquico e de república.

A estrutura social do Baixo Império já apresentava as características estruturais das sociedades no período de transição da Idade Antiga para a Idade Média.

Fragmentações e crise

Nas fronteiras da Germânia, no entanto, os bárbaros eram empurrados pelos mongóis que migravam da Ásia e pelos eslavos da Rússia de hoje, para as províncias de Roma.

O antigo sistema de produção existia em função do benefício aos patrícios. Com o término da expansão territorial, a crise econômica, a qualidade de vida da população decaiu e as perspectivas de melhorias tornaram-se cada vez mais nulas.

O despovoamento do império

Uma questão que já preocupava o primeiro imperador de Roma, Augusto (27 a 14 a.C.), agravou-se no século IV, com:

* as guerras civis contra a escravidão e a divisão de riquezas característica do período;
* as lutas pela independência das províncias;
* as constantes invasões bárbaras;
* a epidemia da peste bubônica que durou 15 anos e ceifou milhões de vidas, decorrente das péssimas condições urbanas e sanitárias;
* a coexistência, no interior do império romano, de colônias de bárbaros que, depois de aprisionados, recebiam terras em troca de serem convocados, quando necessário, para o serviço militar etc.

A estagnação econômica e os impostos

A instabilidade e a desordem administrativa acarretam dificuldades econômicas na agricultura, mineração, artesanato e comércio. Os saqueadores proliferaram nas estradas mal conservadas e desprovidas de segurança. Os preços, conseqüentemente, se elevaram gerando grave inflação. Os governantes não conseguiram conter a inflação nem quando Diocleciano tabelou os "preços máximos" por decreto. O resultado disso tudo foi o empobrecimento generalizado da população romana, na capital e nas províncias, contrastando-se com o luxo em que se mantinha a corte imperial, os patrícios e os militares corrompidos.

Além disso, o serviço público e o exército representavam despesas gigantescas.

A anarquia militar (235 a 285)

Até então Roma vinha mantendo o controle das províncias por meio de suas legiões, isto é, de suas divisões militares que totalizavam 6.000 homens. Mantido com muita disciplina, o exército era o braço forte do Império. Com a crescente instabilidade da estrutura econômica, social e política, oficiais e soldados dos mais sanguinários começaram a se beneficiar com privilégios oferecidos no regime de Comodus, como tentativa de superar a crise. Esse império foi marcado pela ambição desmedida pelo poder absoluto e autoritário, que levou o imperador a iniciar o processo de corrupção na esfera militar e, conseqüentemente, o processo de decadência do Império Romano.

A tirania de Comodus foi seguida e intensificada por Septimus Severo (193-211) que, concedendo privilégios tão exagerados, provoca o Caos Militar, leva os militares a ambicionar o poder.

Após o assassinato pelos militares de Alexandre Severo (231-235), filho de Septimus Severo, seis generais militares foram sucessivamente reconhecidos como imperadores pelo Senado. Além desses, houve também aqueles que usurparam o título indevidamente. Todos esses tiranos enfrentaram graves guerras civis e morreram violentamente.

A anarquia militar termina com as reformas do imperador Diocleciano, que procuraram descentralizar o poder, revitalizando o Senado, se aproximando, ligeiramente, dos interesses da plebe.

Constantino: Constantinopla e Cristianismo

Constantino (307-337) deu continuidade às reformas de Diocleciano, mas as estruturas de Roma, no âmbito social, político e econômico, já se apresentavam fragmentadas e enfraquecidas para o enfrentamento da pressão externas que vinha do nordeste europeu, do Oriente Médio e da Ásia.

É provável que Constantino seja o mais famoso imperador do Baixo Império. Fundou, em 330 d.C., Constantinopla, antigo Bizâncio, próximo do Mar Negro, transferindo para lá a capital do Império Romano, por julgá-la estrategicamente mais propícia ao comércio e à defesa aos ataques bárbaros.

Com a publicação do Edito de Milão em 313, Constantino estabelece a tolerância religiosa e a liberdade ao culto para os cristãos. Para solucionar as rivalidades entre as seitas religiosas, o imperador convoca uma assembléia de bispos denominada Concílio de Nicéia. Tal concílio condenou como heresia a concepção religiosa de Ário, bispo de Alexandria, aceitando como ortodoxa (verdadeira, tradicional) a concepção do bispo Anastácio. Segue texto do documento expedido pelo imperador:

Eu, Constantino Augusto, assim como eu, Licínio Augusto, reunidos [...] em Milão [...], entendemos dever [...] dar aos cristãos, como a todos, a liberdade e a possibilidade de seguir a religião da sua escolha [...] afim de que a divindade suprema, a quem rendemos espontaneamente homenagem, possa testemunhar-nos em todas as coisas o seu favor e a benevolência costumados [...]. (Apostila do ACEPUSP, Cursinho popular dos estudantes da USP, 2007).

O imperador seguinte, Teodósio (378-395), outorgou o Cristianismo como religião oficial do império. Teodósio restabeleceu as divisões Império Romano do Ocidente, com Roma como capital, e Império Romano do Oriente, mantendo Constantinopla como capital, que viria a ser o Império Bizantino.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Para os fãs de documentários aí vai um Link de um documentário da BBC

http://www.youtube.com/watch?v=3Fa6iiJ1ZPQ
ResumãoRoma (fatos que serão cobrados em nossa prova bimestral e não constam no material didático)

Monarquia ou Período da Realeza (753 a.C. - 509a.C.)
Contexto marcado pela economia agropastoril e pela organização de uma federação que agrupava as diferentes tribos que habitavam as 7 colinas de Roma. O primeiro reinado foi, provavelmente, exercido por Rômulo e os reinados subsequentes respeitaram o revezamento de reis latinos e sabinos até a cidade ser conquistada pelos Etruscos.
Sob domínio da Etrúria, Roma viveu uma radical transformação econômica e urbanística: o comércio desenvolveu-se; a cidade passou a contar com aquedutos e rede de esgoto (cloaca máxima); lucérios (um povo que não era nem latino nem sabino) passaram a compor o Senado, que foi bastante ampliado.
Durante o terceiro reinado etrusco, porém, uma reação aristocrática derrubou o regime monárquico a fim de minar as ingerências da Etrúria. Em 509 a.C., A República foi proclamada e Roma teve de enfrentar, definitivamente, seus problemas internos como a luta de classes entre patrícios e plebeus.

República (509a.C. - 27a.C)
Estrutura Social
Patrícios – grandes proprietários que dominavam o Senado, dispondo de amplos privilégios e direitos.
Clientes - homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio econômico e proteção social;
Plebeus – trabalhadores livres; compunham as centúrias (conjunto de 100 soldados com direito a 1 voto nas eleições de cônsules e magistrados); não dispunham de representantes no poder e estavam sujeitos à escravidão por dívidas, bem como aos desmandos do patriciado.
Escravos - eram, em sua maioria, prisioneiros de guerra. Trabalhavam nas mais diversas atividades, como serviços domésticos e trabalhos agrícolas. Desempenhavam funções de capatazes, professores, artesãos etc. O escravo era considerado bem material, propriedade do senhor, que tinha o direito de castigá-lo, vendê-lo, alugar seus serviços, decidir sobre sua vida ou morte.
Estrutura Política
Consulado – 2 cônsules eram eleitos a cada 5 anos pelos centuriões (inicialmente existiam 98 centúrias patrícias contra 95 plebéias, o que garantia a superioridade patrícia no poder executivo): presidiam o Senado, as assembléias e algumas atividades jurídicas;
Senado – autoridade patrícia permanente, tinha poder de veto, nomeava ditadores, decidia acerca da paz e da guerra e fiscalizava os magistrados e o consulado;
Magistrados: Pretores eram os funcionários da justíça; censores eram responsáveis pelo recenseamento da população e zelavam pelos costumes; edis detinham o poder de polícia , além de zelarem pelo patrimônio material; os questores eram responsáveis pelas finanças e pela arrecadação de impostos.
Assembléia Centuriata (ou Assembléia Popular)– elegia magistrados, cônsules e chegava a legislar. Nas assembléias plebéias era comum a prática do clientelismo, que favorecia os interesses patrícios.

A luta entre patrícios e plebeus:
A plebe romana tinha bons motivos para reivindicar maior participação política, direitos e melhorias sociais. Os plebeus compunham as centúrias (portanto, eram estratégicos na defesa da cidade) e movimentavam a economia, sendo que os mais abastados tocavam as manufaturas bélicas e navais. O plebeu mais pobre, por sua vez, estava sempre sujeito à escravidão, empobrecido pelas guerras e prejudicado pela ausência de leis escritas.
494 a.C. REVOLTA DA PLEBE – retirada para o Monte Sagrado torna a cidade vulnerável frente a exércitos estrangeiros. Os patrícios garantem a existência de um magistrado plebeu com direito a veto, o Tribuno da Plebe
450 a.C. LEI DAS DOZE TÁBUAS - garante a paridade jurídica entre patrícios e plebeus;
445 a.C. LEI CANULÉIA – permite o casamento entre patrícios e plebeus;
367 a.C. LEIS LICÍNIAS – limite para as propriedades rurais; estímulo ao emprego; garantia da eleição de um cônsul plebeu.
326 a.C FIM DA ESCRAVIDÃO POR DÍVIDAS.

Observação – todas essas conquistas não significaram o acesso à cidadania plena aos plebeus, já que o acesso à terra não foi garantido ao longo desse período de convulsões sociais. Os cargos políticos e os privilégios ficaram concentrados nas mãos da nobreza plebéia, que passou a desprezar o homem pobre da plebe da mesma maneira que agiria um elevado patrício.

A expansão imperialista
A fim de sanar a constante tensão entre patrícios e plebeus, o Senado romano investiu no projeto expansionista de conquista territorial iniciado timidamente no fim do século VI a.C. A expectativa de conquistar o acesso à terra unia plebeus e patrícios num mesmo ideal: o fortalecimento militar de Roma na Península Itálica.
Apesar da vantagem estratégica alcançada por Roma através da construção de estradas (“Todos os caminhos levam à Roma”), não tardou para que os italiotas encontrassem um inimigo à altura: os fenícios de Cartago.

Guerras Púnicas: Roma x Cartago

ROMA E CARTAGO: UM CONFRONTO DECISIVO
A tradição clássica atribui a Dido, filha de um rei de Tiro, a fundação da colônia fenícia de Cartago, por volta do século IX a.C. Situada na costa norte da África, a colônia recebeu o nome de Kart-hadashi (cidade nova). Os gregos transformaram esse nome em Karchedon, e os romanos, em Cartago.
Enquanto Tiro, Sidon e outras importantes cidades fenícias localizadas na costa do atual Líbano entravam em decadência, Cartago crescia em poder e esplendor, baseando sua prosperidade no comércio. No século VI a.C. quase toda a costa africana, da Cirenaica a Gibraltar, e a península Ibérica, rica em ouro, prata, ferro e cobre, estavam sob o domínio dos cartagineses. Estes também haviam se apoderado das ilhas Baleares, da Sardenha, da Córsega, de metade da costa oeste da Sicília e de Malta, ilha do Mediterrâneo central. Cartago impunha aos territórios conquistados o pagamento de grandes tributos anuais, obrigava os vencidos a se alistarem no seu exército e controlava-lhes rigorosamente o comércio exterior. Em troca, oferecia proteção militar, garantia a independência do governo local e a estabilidade econômica. O Comércio e a exploração desse império tornaram Cartago, no século III a.C., o mais rico e poderoso Estado mediterrâneo.
As relações entre Roma e Cartago iniciaram-se em 510 a.C., com um tratado pelo qual Roma reconhecia a Cartago o direito de comerciar e piratear em todo o Mediterrâneo ocidental, desde que não invadisse o mar Tirreno ou atacasse qualquer das cidades latinas aliadas aos romanos. Esse tratado foi renovado em 348 a.C., mas, no século seguinte, Roma, senhora da península Itálica, começou a ambicionar a Sicília, que era grande produtora de trigo e ponto estratégico para o controle do tráfego comercial e militar no mar Mediterrâneo.

A guerra no mar
Na Primeira Guerra Púnica, Roma era uma potência terrestre desafiando Cartago, uma potência marítima. A guerra só poderia ser ganha se Cartago fosse derrotada em seu próprio elemento.
Nos combates navais da época, as embarcações, movidas com a maior velocidade possível por meio de remadores, eram lançadas contra os flancos dos navios adversários. Como a ponta da quilha era equipada com um esporão metálico, o resultado era um buraco na lateral do navio inimigo, abaixo da linha-d’água, o que causava o seu afundamento. Os cartagineses pareciam imbatíveis no mar. Seus remadores eram mais rápidos e os marinheiros podiam frear brusca-mente a embarcação, mudar a sua direção de modo a defendê-la do esporão inimigo e efetuar outras manobras.
Em 241 a.C:., Roma construiu, em sessenta dias, uma esquadra de duzentos quinqüerremes. Baseados no modelo cartaginês, mediam 40 m de comprimento e abrigavam uma tripulação de duzentos homens armados. Tinham, porém, uma inovação: o “corvo”, espécie de ponte levadiça que caía sobre a nave inimiga, transformando-se numa passarela. Os soldados podiam, assim, passar ao navio adversário e fazer do combate naval um combate semelhante ao terrestre, no qual eram peritos. Criado pelo cônsul Caio Dílio, o “corvo” assegurou aos romanos a vitória em Melazzo.

PRIMEIRA GUERRA PÚNICA (264-241 a. C.)
264 a.C. – Os romanos tomam, na Sicília, as cidades gregas aliadas de Cartago. Hierão de Siracusa alia-se a Roma e conquista a Sicília ocidental até Agrigento (261 a.C.).
260 a.C. – A frota romana derrota os cartagineses, chefiados por Aníbal, ao largo de Milazzo.
256 a.C. – Os romanos desembarcam na África, sob o comando de Atílio Régulo. No entanto, são derrotados pelas tropas cartaginesas chefiadas por Xantipo, mercenário espartano (255 a.C.).
250 a.C. – Roma conquista Panormo (Palerma) e renova aliança com Hierão.
249 a.C. – Alternância de vitórias e derrotas para ambos os lados.
241 a.C. – Roma derrota os cartagineses numa batalha naval realizada junto às Egades, pequenas ilhas situadas a oeste da Sicília. A paz é assinada. Cartago renuncia à Sicília, que se torna então a primeira província romana.

Acontecimentos posteriores
229-222 a.C. – Roma ocupa a Iliria (atual Iugoslávia). Na Itália, derrota os gauleses em Clastidium (Casteggio, Pavia) e ocupa uma de suas capitais: Mediolanum (Milão). Os romanos fundam, ao norte da Itália, as colônias de Piacenza, Modena e Bolonha.

SEGUNDA GUERRA PÚNICA
Antecedentes
237-231 a.C. – Pelo tratado de paz de 241 a.C., os cartagineses ficam obrigados a pagar por dez anos um tributo anual da ordem de 3 200 talentos. Amílcar Barca conquista territórios na Espanha (237 a.C.), e as minas de Serra Morena permitem o pagamento dos tributos devidos a Roma. Em 231 a.C. é assinado o Tratado de Ebro, pelo qual os romanos reconhecem o domínio cartaginês ao sul desse rio espanhol.
228-221 a.C. – Morte de Amílcar. Aníbal é o comandante supremo na Espanha.
219 a.C. – Aníbal conquista Sagunto, colônia grega do litoral sul da Espanha, aliada de Roma, o que equivale a uma declaração de guerra.

A Guerra (218-201 a.C.)
218 a.C. – A fim de surpreender os romanos, que se preparavam para combater na África, Aníbal entra na Itália, pelos Alpes, com 50 000 soldados, 9 000 cavaleiros e 37 elefantes. Em Trébia, os gauleses do vale do Pó aliam-se aos cartagineses. 217 a.C. – Comandados por Caio Flaminio, os romanos são derrotados pelos cartagineses junto ao lago de Trasimeno. Sob o comando de Cornélio Cipião, o Africano, retomam Sagunto na Espanha. 216 a.C. – Esmagados pelos cartagineses em Canas, os romanos perdem 50 000 de seus 80 000 soldados, entre eles o cônsul Paulo Emilio.
215 a.C. – Morte de Hierão de Siracusa. Seu sucessor alia-se a Cartago.
212 a.C. – Tomada de Tarento por Aníbal Barca. Na Sicília, a frota romana, comandada por Marco Antônio Marcelo, toma Siracusa. Em Capua os romanos são derrotados por Aníbal.
211 a.C. – Cipião conquista Cartagena. 208 a.C. – Asdrúbal Barca é vencido em Bácula por Cipião.
207 a.C. – Os romanos vencem os cartagineses numa importante batalha perto do rio Metauro (norte da Itália), durante a qual morre Asdrúbal Barca.
204 a.C. – Cipião desembarca na África e recebe apoio de Masinissa, rei da Numidia. Cartago chama Aníbal de volta à África para combater os romanos.
202 a.C. – Aníbal é derrotado em Zama, na batalha que põe fim à Segunda Guerra Púnica.

Acontecimentos posteriores
200-188 a.C. – Combatendo antigos inimigos, aliados de Cartago, as legiões romanas expandem seus domínios pela Itália do norte (190 a.C.), península Ibérica, Grécia e Macedônia (197 a.C.J. Em 196 a.C. Aníbal, eleito magistrado supremo de Cartago, propõe que o mandato dos juízes seja fixado em um ano, adota medidas para impedir as venalidades e liberta os cidadãos de taxas extras. Os oligarcas denunciam-no a Roma, sob a acusação de planejar o reinício das hostilidades. Em 195 a.C. Aníbal foge para Antioquia, depois para Creta e por fim para a Bitmia, onde se mata (183 a.C.). Em 188 a.C., ao derrotar Antíoco III da Síria, que governava também a Ásia Menor, Roma domina o Mediterrâneo oriental.

TERCEIRA GUERRA PÚNICA (149-146 a.C.)
Antecedentes
A paz, assinada em 201 a.C., impõe a Cartago desarmamento naval e terrestre, pesadas indenizações, renúncia a todas as possessões e perda de política independente. Além disso, Roma incita alguns de seus aliados africanos a guerrilhas contra Cartago e espera um pretexto para a completa destruição de sua rival.
Este surge em 151 a.C., quando Masinissa, rei da Numidia, aliada de Roma, pretende apoderar-se das costas da atual Tripolitânia, pertencentes a Cartago. Os cartagineses declaram guerra à Numidia (151-150 a. C.).
149 a.C. – O Senado romano alega que Cartago violara o tratado de paz e declara-lhe guerra. Os cartagineses concordam em entregar todas as suas armas aos romanos, mas, quando estes ordenam que eles se retirem da cidade, resolvem oferecer-lhes resistência.
146 a.C. – Cartago é destruída. Seu território torna-se então a província romana da África.
Obs – os excertos sobre as Guerras Púnica foram extraídos do site http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/



Conseqüências do Imperialismo Romano

• Aumento do número de escravos (prisioneiros de guerra) e conseqüente desemprego para os plebeus (aumento do clientelismo);
• Afluxo de riquezas, produtos agrícolas e manufaturados para Roma; conseqüente queda da produção na Península Itálica;
• Crescimento do comércio (Mediterrâneo = “Mare nostrum”)
• Terras conquistadas concentradas nas mãos patrícias → Soldados plebeus desertam → Vulnerabilidade aumenta junto com a tensão social.
• Decadência moral; valorização do ócio, da ostentação e do consumismo por parte da elite romana;
• Caos social decorrente da desigualdade → “Pão e circo” como solução.

Reformadores Os irmãos Graco

Ao ser eleito tribuno da plebe, em 133 a.C., Tibério Graco propôs o revigoramento da lei que impunha a devolução ao Estado das terras públicas, então em poder da aristocracia, e sua distribuição entre os cidadãos pobres. Com isso, pretendia resolver graves problemas interligados: excesso de escravos no campo, superpopulação e corrupção urbanas e decadência militar de Roma. A sugestão de Reforma agrária despertou forte reação do partido senatorial, representante dos interesses dos grandes proprietários. No final do ano, ao tentar se reeleger, Tibério foi trucidado por seus adversários junto com seus adeptos.
Em 123 a.C., seu irmão Caio Graco retomou esse programa. Além de revigorar a lei agrária, propôs o fornecimento de roupas e armas aos cidadãos pobres às custas do Estado; a realização de obras públicas, que proporcionassem emprego a milhares de desocupados, e a lei do trigo (conhecida como Lei Frumentária), que autorizava o governo a distribuir o cereal pela metade do preço de mercado. Essa lei fez com que as massas pobres deixassem de ser clientes da aristocracia para se tornar defensoras dos Graco e de seus sucessores do partido popular, entre os quais Júlio César.
As leis de cidadania foram rejeitadas pelo Senado e, em 121 a.C., as tropas chefiadas pelo cônsul Lúcio Opímio tornaram de assalto o monte Aventino, onde os democráticos estavam entrincheirados. Caio Graco, para não se entregar, preferiu o suicídio. Três mil de seus seguidores foram executados sem processo algum.
Obs. – excerto extraído do site http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/

Ditadores

Mário - Cônsul popular, tentou retomar o programa dos Graco e reformou o exército que passara a ser mais fiel ao seu general que às instituições romanas.

Sila – General do partido senatorial, restringiu os poderes de magistrados e instituições plebéias.

Pompeu e Crasso
Entre 77 e 60 a.C., Pompeu e Crasso deram a Roma a segurança da invencibilidade do seu exército. Pompeu, conquistando territórios no Oriente: o Ponto, a Síria, a Cilícia, a Armênia, a Capadócia, a Galícia, a Cólquida e a Palestina; Crasso, esmagando, na Apúlia, em 71 a.C., a rebelião de 120 000 escravos liderados por Espártaco. De retorno a Roma, em 70 a.C., Crasso e Pompeu estabeleceram uma súbita aliança com os populares e ganharam a eleição para o consulado. Isso significou a reintegração dos poderes das assembléias e dos tribunos da plebe.
Obs – excerto extraído do site http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/

Pompeu e Crasso ainda tentaram colocar em prática a doação de terras aos soldados, medida rejeitada pelo Senado. Para manterem-se no poder, contaram com a ajuda de Júlio Cesar, general que na década de 50 a.C, tornar-se-ia liderança popular de grande carisma ao pacificar a Gália. Juntos, os três generais formaram Primeiro Triunvirato.

Primeiro Triunvirato – 60 a.C.
Júlio César – administrava a Gália
Crasso – administrava a porção oriental e o norte da África
Pompeu – administrava a Península Ibérica

53 a.C. – Crasso morre em combate na Pérsia.
52 a.C. – O Senado Romano, temendo a popularidade de Júlio César, proclama Pompeu Cônsul Único.
52 a.C. a 48 a.C. – Júlio César x Pompeu – “A sorte está lançada”
48 a.C. – Em fuga, Pompeu é assassinado e dá lugar às ambições de César, proclamado ditador vitalício.

Medidas tomadas por César:
 Implantação do projeto dos Irmãos Graco;
 Estímulo à colonização a fim de diminuir a tensão social;
 Concessão de cidadania aos povos itálicos;
 Obras públicas para gerar empregos;
 Distribuição de trigo as marginalizados:

Júlio César torna-se extremamente popular, mas suas medidas ferem diretamente os interesses do patriciado, que acusa o ditador de “Monarquista”. Na prática, Júlio César acumulara muito mais poderes que os antigos reis romanos, motivo pelo qual foi assassinado por conspiradores aristocratas (44 a.C).

Segundo Triunvirato - 44 a.C.

Lépido – administrava a porção africana do Império
Marco Antônio – administrava o Egito, a Grécia e o Ocidente
Otaviano – sobrinho de J. César – administraria a porção ocidental dos domínios romanos
Após uma série de incidentes envolvendo Otaviano e Marco Antônio, o segundo tenta passa a tratar os domínios sob sua tutela como propriedade particular. Tal postura torna-se evidente quando une-se com a Imperatriz do Egito, Cleópatra (32 a.C). Essa união comprometia a posse romana sobre o rico Oriente bem como o abastecimento de trigo dos domínios romanos (lembre-se que, neste contexto, o Egito era o celeiro do mundo e posse fundamental para a manutenção da política do “Pão e Circo”).

32 a.C. – Otaviano declara guerra a Marco Antônio e consegue apoio de todas as classes sociais com cidadania romana.
31 a. C. – Marco Antônio e Cleópatra suicidam-se.
29 a.C. – Otaviano retorna triunfante à Roma.
29 a 27 a.C – Otaviano:
 Restabelece a fortuna do patriciado;
 “Enxuga” o Senado (diminui o número de senadores);
 Adota medidas populares.
Obs – Fingindo querer se afastar do poder, Otaviano manobra as instituições romanas que, temendo a volta da anarquia militar conclama-o Augusto (Divino), dando início a uma nova etapa da história política de Roma:

O Império

Pax Romana – Otávio Augusto

►Postura defensiva para evitar rebeliões, invasões e levantes nas províncias dominadas:

· Muralhas

· Diminui o exército para evitar golpes

· Aumenta o número de jogos e feriados

· 27a.C →14d.C = Idade de Ouro

Crise do século III (Era Cristã)

§ Aumento dos gastos: Exército mercenário; Obras monumentais; Corte parasita;

§ Quebra do ritmo expansionista ; ↓ número de escravos ► Crise de mão-de-obra (Início);

§ Itália improdutiva, depende ainda mais de suas províncias ► crise produtiva; crises de desabastecimento (início);

§ Bárbaros incorporados às tropas regulares;

§ Estancamento da Receita ($);

§ Epidemias diminuem a população urbana (260 – 265);

§ Anarquia militar – sucessivos golpes de Estado protagonizados por Generais.

Século VI – “Morre e ri”

Mesmos problemas do século III potencializados:

· Insegurança nos centros urbanos → Patrícios retiram-se para propriedades fortificadas no campo; plebeus pobres buscam segurança e subsistências em troca de trabalho – Servidão ou COLONATO;

· Início de convívio incômodo com bárbaros Visigodos → empurrados pelos Unos tornam-se confederados indesejáveis;

Baixo Império

Crise do sistema escravista – decorrente do fim das guerras de conquistas, que também fizeram diminuir o afluxo de riquezas – implantação do colonato e da tetrarquia (284 - Diocleciano)!

Constantino buscou apoio dos cristãos através do Edito de Milão que determinou a liberdade de culto.

Unificou a doutrina cristã – 325 Credo de Nicea

Transferiu a capital para Constantinopla.

Teodósio dividiu o império em Império do Ocidente e Império do Oriente.

Invasões bárbaras.



Acompanhar pelo livro e aulas