quinta-feira, 23 de julho de 2009

A Lenda da fundação de Roma

Segundo a lenda, quando os gregos tornaram Tróia, Enéias – nascido da união do pastor Anquises com a deusa Vênus – conseguiu fugir da cidade e foi se estabelecer na península Itálica, onde desposou a filha do rei do Lácio. Oito gerações depois, seu descendente Numitor subiu ao trono de Alba Longa, a capital do reino, mas foi deposto pelo irmão, Amúlio. Para que Numitor não tivesse herdeiros, assassinaram seus filhos e fizeram de sua filha Réia Sílvia uma vestal (sacerdotisa da deusa Vesta). Réia, porém, foi fecundada por Marte, deus da guerra, e deu à luz os gêmeos Rômulo e Remo. Amúlio mandou afogá-los no Tibre, mas, miraculosamente, eles se salvaram e, levados pela corrente até os pés do monte Palatino, foram ali amamentados por uma loba e depois recolhidos pelo pastor Fáustolo, que os educou. Quando descobriram sua origem, os gêmeos, já adolescentes, depuseram Amúlio e restituíram o trono a Numitor, seu avô. Depois, com alguns habitantes de Alba Longa, fundaram, em 21 de abril de 753 a. C., uma cidade exatamente no local onde a loba os havia encontrado. Interpretando o vôo dos pássaros como um vaticínio, Rômulo concluiu que fora designado rei da nova cidade e traçou com um arado o sulco que marcaria os limites do seu território. Remo, indignado, cruzou a divisa e foi assassinado pelo irmão. Rômulo tornou-se, desse modo, o primeiro rei de Roma.